Você prefere fazer exercício físico em ambiente fechado ou ao ar livre? Em uma enquete feita no site do Bem Estar, 70% dos internautas disseram que gostam mais de se exercitar na rua e apenas 30% votaram na academia – no entanto, seja qual for o local, o importante mesmo é fazer atividade física, como explicou a reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima.
Porém, é fundamental tomar alguns cuidados, por exemplo, com a umidade, que pode limitar e prejudicar muito o desempenho, seja na rua ou até mesmo na academia. De acordo com o fisiologista do esporte Paulo Correia, para práticas esportivas, é ideal que a umidade relativa do ar esteja acima de 60% – se estiver em 50%, já fica mais difícil e abaixo de 40%, inviável. Isso porque o ar seco resseca a garganta e afeta a via respiratória, dando uma sensação de queimação. Dependendo do esforço, a respiração pode começar a ficar ruim, podendo até ocorrer crises de tosse.
Uma das maneiras de evitar isso é escolher a hora de treinar, como lembrou a reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima. Apesar de o exercício ao ar livre oferecer o prazer do ambiente, é preciso tomar cuidado, por exemplo, com o sol forte, que pode levar a um quadro de insolação. Fora isso, em dias muito quentes, o rendimento não é o melhor já que o calor faz o corpo perder energia e se desidratar mais rápido. Com isso, a frequência cardíaca aumenta, os músculos ficam ressecados e a circulação de sangue nos rins e cérebros diminui, levando à fadiga.
Outro problema da atividade ao ar livre é a poluição – para reduzir a exposição, a dica é optar pelo exercício dentro de parques, debaixo das árvores, onde a poluição é menor do que na rua e perto dos carros, como mostrou o professor e especialista Paulo Saldiva na reportagem da Natália Ariede.
O risco para a saúde é maior na rua por causa da fuligem, fumaça preta que sai dos automóveis, que pode provocar os mesmos efeitos do cigarro. No entanto, os riscos não são um motivo para não fazer atividade física já que ela pode reduzir não só as chances de doenças, como as cardiovasculares, câncer e diabetes, mas também os efeitos da poluição.
Na academia também existe poluição, mas em um nível muito menor e dentro das taxas aceitáveis e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Além disso, malhar na academia também tem a vantagem de estar em um ambiente controlado, longe do sol, da chuva, do calor excessivo ou da umidade muito baixa. Em geral, esses locais têm ar-condicionado, que deixa o corpo mais confortável e pode interferir no desempenho do atleta. Porém, se não estiver bem higienizado, o ar-condicionado pode levar bactérias para o ambiente e piorar a qualidade do ar.
Existe diferença também na hora de correr e caminhar – ao ar livre, por exemplo, o exercício exige maior resistência do atleta por causa do terreno acidentado, do vento e da ausência da rolagem da esteira, que diminui a necessidade de ação do músculo posterior da coxa. No caso da bicicleta, no entanto, é muito difícil encontrar uma pista onde seja possível pedalar rápido. Ou seja, nem sempre é possível forçar mais os músculos como nas aulas de spinning, que permitem que a pessoa use várias marchas e pedale na velocidade que quiser. Por isso, em geral, a musculatura trabalha mais nas aulas de spinning, que também queimam mais calorias.
Há quem acredite que essas roupas podem ajudar a queimar mais calorias já que o corpo sua mais, mas isso é um mito, como explicaram os especialistas.
O que acontece é que o corpo se desidrata e perde água, o que pode interferir no peso. O problema é que, quando a pessoa beber água novamente, ela ganhará esse peso novamente. A reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima lembrou ainda que, ao malhar agasalhado demais, o corpo cansa mais, o que faz a pessoa parar o exercício mais rápido.
fonte: bem estar